segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Informações desencontradas


No Correio de hoje o futuro governador Tarso Genro fala em orçamento apertado para 2011. Integrantes da cúpula do PT dizem que déficit zero de Yeda é um engodo. Os tucanos garantem que as contas públicas estão equilibradas.

No Internacional, Luigi assume a presidência falando em cortar gastos. Situação financeira seria ruim com aumento considerável da dívida em curto prazo. A atual administração informa que não houve nenhum tipo de empréstimo e existe muito dinheiro para investir no futebol.

No Grêmio, Duda saiu dizendo que praticamente quitou o condomínio. Odone assume reclamando da situação financeira e dos adiantamentos de cotas.

Quem mente, quem diz a verdade???

sábado, 25 de dezembro de 2010

Choradeira


Vendo hoje no ESPN o programa Rivalidades Históricas, me deparei com o grande frango do goleiro argentino naturaliza peruano Quiroga na Copa de 78: foi no jogo contra o Brasil. Uma vergonha!!

Sempre defendi a tese de que não houve armação na goleada da Argentina sobre o Peru. O único erro, enorme diga-se de passagem, naquele quadrangular semifinal foi o jogo do Brasil e da Argentina acontecerem em horários diferentes – o resto foi normal. Outros comentários são mera choradeira!!

Quando se é criança, o natal é repleto de expectativa. São vários os presentes. Sem falar na festa rodeada de primos e tios que estavam distantes nos outros dias do ano.

Quando se é adolescente, todos torcem para chegar o depois da meia-noite. É hora da festa que importa com os amigos e amigas. Assim vai até certa fase da vida.

Hoje em dia, para quem não tem a mínima religiosidade, como eu: o Natal é chato, muito chato!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Não consigo parar de rir


Peço desculpas aos meus quatro leitores pela falta de atualização do blog.

É que nesses últimos sete dias eu não consegui fazer absolutamente nada (não comi, nem dormi, por exemplo).

Eu só fico dando risada por causa desse moço aí de cima...

hahahahahahahahahahahhahahahahaaaaaaaaaaaaaahhahahahahahahahahahah

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Maior vexame da história



A eliminação do Inter no campeonato brasileiro sub-20 foi uma vergonha. A tradição colorada nessa competição foi jogada por terra depois do empate em 0x0 com o Goiás. O time que investe tanto em roubar jogadores dos adversários cair na primeira fase dessa competição não tem explicação.

Anda bem que os dirigentes colorados sempre dotados da maior das humildades não estão no Rio Grande do Sul para presenciar este vexame que aconteceu lá em Santa Rosa.

Olha, vou te contar que vergonha para o Inter. Bem o lance agora é vencer o Efipan e apagar essa mancha enorme pro clube.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Que beleza!!


A CBF mandou mal na questão dos títulos pré 71. Se bem que afirmar que a entidade máxima do futebol brasileiro fez bobagem é redundância.

Compartilho da opinião do jornalista Mauro Cezar da ESPN Brasil. Os títulos da Taça de Prata e do Robertão merecem ser catapultados ao nível dos brasileirões em função da fórmula de disputa. Os da Taça Brasil deveriam ser incorporados aos da Copa do Brasil já que ambos os campeonatos são estilo mata-mata.

Infelizmente, a turma do Ricardo Teixeira rendeu-se a pressão de alguns clubes e liberou geral. Permitindo atrocidades como nos anos de 1967 e 1968 onde, conforme a nova regra, tivemos dois campeões nacionais.

Em 67 a bizarrice é ainda maior, pois o Palmeiras venceu tanto a Taça Brasil como a Taça de Prata. Ou seja, sagrou-se bicampeão brasileiro em apenas um ano.


Santos e Palmeiras, a partir de hoje, passam a ser os clubes com mais títulos de campeões brasileiros: oito. O que vai ter de flamenguista e são paulino chorando não vai ser fácil!

Durma-se com um barulho desses!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


Imagina se você fosse uma cara legal, mas digamos não um conquistador por natureza. Meio feio e sem graça e seu vizinho, que também é seu pior inimigo, fosse um Don Juan: pegasse todas.

É mais ou menos essa relação entre os torcedores do Racing e do Independiente. Os dois times nasceram na mesa cidade: Avellaneda. Localizada próxima a Buenos Aires é quase como se fosse um bairro da capital argentina.

Os estádios são separados por poucos metros. O Racing é azul e branco e o Independiente vermelho. Os dois estão entre os cinco grandes da Argentina (os outros são Boca, River e San Lorenzo).

A torcida é semelhante de tamanho. A do Independiente é um pouco maior. Cerca de 6% dos argentinos torcem para o El Rojo. Já La Academia conta com 5% dos fãs.

Mas as semelhanças terminam por aí. Na era profissional, o Independiente venceu 14 vezes o campeonato nacional. Já o Racing venceu “apenas” sete vezes. Na Libertadores a goleada é maior, proporcionalmente, 7x1 para os Rojos. Além disso, o time de Burruchaga ganhou outras copas. E se tornou o rei das copas. Hoje, só perde para o Milan e Boca e olha que só foi ultrapassado nessa década. O Racing em contrapartida venceu apenas a supercopa.

Entretanto, a vida não feita só de conquistar mulheres. A gente joga bola Tb. E aí tu é sempre a primeira opção dos caras que escolhem os times. Já o teu vizinho bonitão é o último e só dá canelada na bola.

Essa é mais ou menos a relação entre o fanatismo da torcida do Racing e do Independiente. Os fãs da La Academia devotam um amor incondicional ao time azul e branco. Lotaram um estádio no domingo seguinte a falência do clube, sem ter jogo no estádio. Passado o episódio: encheram dois estádios no título de 2001. O seu (El Cilindro) onde tinha um telão da partida e o do Vélez onde acontecia o jogo.

A La Guardia Imperial ( torcida organizada do Racing) é a mais fanática do país ao lado da do Newells. Já a do Independiente é a mais amarga do país. Só lota o estádio em decisões.

Ontem, era constrangedor ver os torcedores do Independiente comemorando o título da Sul Americana contra o Goiás. Algo frio e sem emoção, isso que o time não conquistava um título internacional há quinze anos. Um ou outro moribundo chorando e uma galera com cara de nem aí.

Por isso, o Racing é um time mais respeitado dentro da Argentina que o Independiente. Por isso, Campanella usou o fanatismo da torcida do La Academia no seu filme vencedor do Oscar O Segredo dos Seus Olhos.

Dá-lhe Racing que os títulos venham logo e em grande escala, mas se não vierem tanto faz: a torcida estará ali ao teu lado cantando durante todo o jogo e depois e antes!! Ela te ama incondicionalmente!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mad Max


Max era o queridinho das mulheres desde o colégio. Gabava-se de nunca ter feito um trabalho de História na vida: “sempre tinha uma apaixonadinha por mim que fazia”.

Loiro, olhos claros, somados a um metro e oitenta, o transformavam numa máquina mortífera espalhando orgasmo e prazeres além da compreensão no mundo feminino.

“Pedro pára de olhar esse filme e presta atenção no que eu tô te dizendo”.

Pedro era o sujeito normal que dividia apartamento com Max. Há mais de cinco anos namorava Ana, sua colega na faculdade. Adorava o amigo, apesar da temática dos assuntos entre ambos serem sempre a mesma: quantas mulheres Max almejava transar na vida.

“Tu fica aí vendo esse filme de merda e não presta atenção no que eu falo”, reclamava sem parar Max.

Pedro suspirava alto e tentava explicar pausadamente. “Cara, essa merda é Assim Caminha a Humanidade, último filme do James Dean”.

Mas Max não era de se render fácil. “Pedro, meu querido, porque te contentar em ver esse impostor que já morreu há mais de 50 anos, se eu sou o verdadeiro James Dean brasileiro. Rebelde, bonito, só me falta ser ator e morrer em um acidente de carro”.

E era Pedro quem se rendia ao carisma do amigo. “Fala, porra!!”

“Cara, é o seguinte, vou brigar amanhã com a Daniela. Namoro ela há quatro anos e isso está atrasando meus objetivos de vida. Desde adolescente sonhava transar com 174 mulheres e ainda faltam algumas para chegar a esse número. Como sou um sujeito fiel, só em resta me separar, entendeu?”

“Entendi, posso voltar ao filme agora?”, questionou o amigo do Don Juan já entediado com o assunto sempre presente nos diálogos entre os dois.

E Max brigou com Daniela e caiu no mundo. Comeu geral. Seus números aumentavam em maior proporção que caixa dois de político corrupto. O alfabeto foi e voltou. E olha que o nosso garanhão escolhia a dedos as presas. Só filé, como dizem nosso amigos obreiros.

A próxima vítima tinha nome - Solange - e sobrenome – a coroa mais gostosa da empresa. Recém separada: presa fácil.

Festa de aniversário de uma amiga em comum e deu à lógica. Solange caiu nos braços do nosso herói. Porém, botar pra dentro que é bom...nada.

A mulher, no alto da experiência dos seus 45 anos, deixou Max a chupar o dedo, ou melhor a bater punheta sem parar pensando nos seios siliconados e na bunda durinha que o passar dos anos só aperfeiçoou.

Max surtou geral. No primeiro mês até transou com uma ou outra que já vinha dando conta do recado, mas depois a fonte secou. E ele culpava Solange por isso, pelo menos é o que sempre me dizia.

“Sabe o que é, Cristian, já peguei mais de dez vezes e nada...nada. To surtando. Só penso nela direto e pior quando saio na noite não pego ninguém. Só fico bebendo e arquitetando algum encontro com ela. Muito foda”.

O não dar não tinha nada a ver com Max, dono de uma pegada famosa do Centro ao Sarandi. O problema é que a mulher possuía dois filhos adolescentes e não se permitia dormir fora de casa.

Três meses depois, o telefone toca lá em casa e só ouço uma frase do outro lado da linha: “É hoje, caralho”, comemora Max. Os filhos haviam viajado com o pai em férias e a baia estava liberada ou Leverkusen, segundo gíria bizzarreana.

Diz que a primeira gozada de Max levou sete segundos, mas foi compensada por dias e dias de sexo. A ponto da mulher pedir água - versão do Max logicamente.

Os meses se passaram e encontrei Max no Parangolé com uma moreninha estilo surfista: cor do verão e rosto angelical.

A convite de Max me sentei e falamos amenidades. Até ela ir embora. Daí o homem confessou em alto e bom som.

“Estou apaixonado. A Andréia me mostrou que esse papo de quantidade é bobagem. Insegurança masculina. Tentativa de ser o fodão, o macho alfa da manada. Cara, conheci ela uma semana depois de transar com a Solange, ou seja, minha teoria estava certa. Precisava transar com aquela mulher para os maus fluídos serem expurgados. Agora, vejo que esse papo de números é bobagem. Interessa a intensidade e o amor pela pessoa ao teu lado. Essa guria é pra sempre. Não só por ser bonita, mas é legal, extrovertida e trata bem todo mundo, além de ótima profissional (médica) e gremista. A mulher perfeita, meu amigo”. O meu amigo foi dito com lágrimas nos olhos, um pouco fruto da bebida também

Dei-lhe o meu abraço mais forte e sincero e os parabéns por ter encontrado alguém tão especial na vida.

Fiquei dois meses sem notícias suas. Até encontrá-lo numa festa da banda Roda Viva no Batmacumba. Bêbado me abraçou e me segurando pelos ombros gritava como estava feliz em me ver.

Entre gritos consegui um mínimo de sua atenção e perguntei por Andréia.

A resposta veio de forma tranquila e sem dor. “Não estamos mais juntos. Esse papo de amor não é pra mim”.

Depois, ainda segurando meu ombro esquerdo e com a mão espalmada em direção ao meu rosto disse o seguinte:

“Só faltam quinze. Só faltam quinze”.

Max é um exemplo de que homens que tem objetivo na vida são sempre mais felizes e confiantes.

Ah, parece que ele já alcançou o número desejado, mas agora quer chegar as duzentas e cinquenta.

Começaram a fazer merda


A direção que assume o Grêmio devia olhar a si mesmo como exemplo de boa administração e seguir seus passos recentes e não o deslumbramento de administrações anteriores do qual esse grupo já fez parte.

Em 2005, sem um pila no bolso montou um time emergencial para o primeiro semestre. Apenas o volante Jeovânio e os jogadores da base como Bruno e Anderson ficaram para o segundo semestre. Com um pouco mais de grana à disposição: investiu em jogadores mais conhecidos no mercado como Marcelo Costa.

Em 2006, apostou e bem nos dois semestres: Tcheco, Herrera, Willian, Evaldo. Título gaúcho e terceiro lugar no brasileiro. Em 2007, o time novamente era recheado de apostas e jogadores da base.

Em 2008, idem. Ótima campanha no brasileiro, muito devido ao excepcional trabalho do Celso Roth. Sempre “revelando” jogadores como Rever e Victor. Com um ou outro erro normal como o colombiano Peréia.

Pois bem, o Grêmio está super ajeitado nesse final de ano. Se renovar com todo mundo e contratar um terceiro homem de meio de campo e reservas para o setor de meio campo o time tá pronto para encarar até o campeonato venusiano, mas não: a direção atual quer mostrar a sua cara. Relembrar os seus devaneios do tempo do “aquele que não se pode dizer o nome”.

Fala-se em Juan, Ibson. Marcelo Moreno, Thiago Neves. Caiam na real. Empresa de futebol só coloca no clube jovens revelações para serem revendidas no mercado ou jogadores seus com idade entre 25 e 28 anos que estejam afundando em outros clubes.

Conselho de amigo: mantenham o Cícero no futebol. Apostem nesse time novamente com um ou dois reforços (Anderson seria mais do que bem vindo) e parem com pirotecnias de mercado. A torcida do Grêmio e principalmente os cofres do clube agradecem.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Salada de Fruta


De 2006 pra cá, vocês sabem quem foi a torcida mais feliz no campeonato brasileiro? Os mais apressados e desinformados vão dizer São Paulo, talvez Flamengo ou quem sabe Fluminense. Erraram, seus mentecaptos. A torcida mais feliz foi a do Grêmio.

Ninguém gritou mais vezes gol do que a gente. O Grêmio nos últimos cinco anos teve o melhor ataque em três campeonatos (2006, 2009 e 2010) e ficamos em segundo em uma oportunidade (2008). E se gol é a alegria do futebol, nós gremistas somos os mais felizes torcedores do brasileirão. E tenho dito!

Show de desinformação


Digo e repito: o Bate Bola da TVCOM é um programa bem legal de discussão sobre futebol, mas jamais deve ser encarado como algo jornalístico, no máximo um bom entretenimento. Os caras dão, por baixo, umas dez informações erradas por programa.

Hoje, enquanto discutiam qual a melhor fórmula do campeonato brasileiro, usaram o Prudente como exemplo de time que o Fluminense havia ganhado seis pontos. Tudo bem que talvez fosse apenas figura de linguagem, mas o tricolor carioca empatou duas vezes com o time paulista, ambas por 1x1.

Eles poderiam perder mais o tempo deles e se informar sobre futebol. Não fariam mal aos telespectadores. Depois enchem a boca pra dizer que torcedor é burro e desinformado.


Elias


Tá na capa do UOL Esportes: Elias chora na saída do Corinthians. Jogador vai para o Atlético de Madrid da Espanha.

Mas quem não choraria. Na última semana, os Colchoneiros perderam para o Aris da Grécia (Liga Europa) e Levante (campeonato espanhol). Vejam no youtube as propagandas do Atlético de Madrid. São as melhores disparadas. A dica foi do Maurício “troquei de time já adulto” Cadore.


Nélson Rodrigues

O dramaturgo está rindo a toa hoje. Em algum lugar do inferno (porque é para lá que vão as pessoas interessantes deste mundo) está a gozar seus colegas da Grande Resenha Facit ( maior programa esportivo da história) como meu conterrâneo e botafoguense João Saldanha, o também botafoguense Armado Nogueira e o flamenguista José Maria Scassa.

Viva as três cores que simbolizam tradição.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


O futebol de mesa tem uma nuance muito particular: jogadores que são identificados com determinadas equipes. Lá no Geraldo Santana tem o Nacional Fosca, o Bayern Gothe, o PSV Saul, o Milan Moreira, o Estudiantes Germano e assim por diante. Mas todos esses, em determinados momentos, pularam pra outra cama e foram infiéis aos seus clubes de “coração”.

O Fosca já foi visto aos beijos com o Ferro Carril. O Gothe faz juras de amor eterna ao Fluminense. O Saul já tomou várias cevas com o Coritiba. O Moreira tem relações esporádicas com o Boca Juniors. E o Otávio Germano adora dar uma saidinha com o Feyenord.

Mas tem uma cara que nunca traiu seu amor. Esse cara se chama Paulo Fernando. Seu único amor responde pelo nome de River Plate. Um dia o vi de mãos dadas com o Santos, porém devia estar louco ou bêbado ou os dois juntos.

Em crise o River Plate tem dado poucas alegrias ao seu torcedor nesses últimos cinco anos. Fora o Clasura de 2008, os Borrachos del Tablon só sorriem quando olham o GotheGol e veem Paulo Fernando sempre entre os primeiros nos campeonatos do Geraldo Santana. Um orgulho para o fãs do time de Belgrano.

Entretanto, dessa vez Paulo não conseguiu vencer e pior a derrota na final foi para o Boca Juniors. Decepção total da segunda maior torcida da Argentina. Ortega foi visto em bares bebendo com o ar incrédulo e os olhos vermelhos.

Nos bairros populares, os Xeneizes eram só sorrisos e gritos de euforia motivados com as notícias vindas do Brasil que denunciavam a vitória do Boca Juniors de Moreira na Copa Mar del Plata.

E depois tem gente que acha que não tem pressão da torcida quando se joga botão. Idiotas ululuantes, já diria Nelson Rodrigues.

Enquanto isso a Taça RS reuniu apenas 11 entidades. Números decepcionantes para o esforço do presidente Marcelo Vinhas. O campeão foi Michel da Riograndina.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pau neles


Finalmente a polícia do Rio de Janeiro está agindo contra esse bandidos bobões que infestam aquela terra abençoada por Deus. Com a benção do governador Sérgio Cabral e até pitacos do senhor presidente da CBF e mafioso, Ricardo Havelange, quer dizer, Ricardo Teixeira, vamos limpar a Cidade Maravilhosa. A Copa do Mundo e as Olimpíadas serão disputadas com a santa paz do criador.

Piça!!!! Com o apoio e aplausos efusivos de todos, está se arquitetando um Carandiru a céu aberto. Até o exército está na rua (para delírio dos saudosos da ditadura militar onde tudo é permitido) para passar o carro por cima de traficantes e moradores de zonas socialmente vulnerávis - o que para o Estado é quase a mesma coisa.

O Estado só entra nessas comunidades na forma de repressão. Pau nos excluídos e fortuna para os verdadeiros barões do narcotráfico que passeiam lindamente pelos corredores do órgãos públicos e empresas respeitadas. O sitema é foda, né Nascimento?!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Deputados, Pedrinho, Rafael

Tu já sonhou em ganhar 26 contos por mês. O Felipe, meu camarada, diz que já. Entre risadas e cervejas, ele gritava nos bares que se essa grana entrasse na conta todo mês, não ia ter puta pobre na Farrapos. Mas isso foi há muito tempo. Hoje, ele é um cara bem casado e fiel.

Vinte e seis mil reais é o sonho de consumo dos nossos nobres deputados federais. Dinheiro mais do que justo pro trabalho que eles e todos os políticos efetuam em prol do progresso da nação. Um bom aumentinho dos atuais quatorze mil, vai dizer.

Mas engana-se quem pensa quer esses caras curtem dinheiro. Esses valores seriam repassados a dezenas de subalternos para fazer campanha em comunidades pobres - onde a pobreza se perpetua, a mão dos políticos entra forte e com ar de salvadora.

O desejo é continuar no poder. É isso que move a bunda desses filhos da puta em direção aos seus eleitores. Esqueçam esses 26 mil. Isso é migalha perto dos acordos realizados em salas e corredores dos prédios públicos de Brasília.
Ah, e o Orlando Silva nem bola pras maracutaias do Ricardo Teixeira. Nem os “comunistas” mais se salvam! Coitado do Mário Lago.

Pedrinho

O Pedrinho morava em Londres. Só a cidade mais visitada do mundo. Três milhões de pessoas gastam seu rico dinheirinho pra conhecer a capital da Inglaterra. Lá o Pedrinho era a pessoa mais feliz do mundo, mas faltava algo: o futebol de mesa.

E, por isso, somente por isso, o Pedrinho retornou a Pelotas. E chegou ajudando. É um dos responsáveis pelo site da federação. Assumiu o blog da Academia novamente e com o brilho costumas. Porém apenas uns dias de ausência nas postagens, o abnegado Pedrinho é alvo de críticas ferozes e sórdidas. Meu caro amigo, como diria Chico Buarque, as portas do Geraldo Santana estão abertas. Essas pessoas não te merecem.

Rafa Tosh

Perto da coluna de número 100, o Rafael anda meio nervoso e irritadiço, mas nada que abale seu ótimo sendo de humor quando escreve. A dos caras da Popular anotando no caderninho os métodos da Geral é impagável. Estou louco pra ver quando ele vai postar as aventuras na Europa, como o trago com os Skinheads estonianos. Muito hilária memso.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Grande Zé


Queria, antes de postar esse texto sobre o Zé, pedir desculpas ao pessoal do futebol de mesa. Curto escrever sobre botão, mas gosto de escrever sobre sexo, esporte...enfim, esse blog é libertário e palpiteiro sobre a vida

CONHEÇAM O ZÉ E SUA CANALHICES

O Zé tinha vários quês de um sujeito normal. Baixo, um metro e setenta e três no máximo. Calvície acentuada, para não dizer careca total. Aspecto que o fazia parecer bem mais velho que os seus trinta anos. A falta de pelos no corpo somada à pele bem clara, lhe dava um ar feminino às vezes. Para piorar, os olhos escuros e sem graça não lhe proporcionavam nenhum charme. A falta de músculos no corpo quase somaliano (como brincavam os amigos) o deixava longe de ser um homem cobiçado pelas mulheres.

Em contrapartida, o bom humor dele superava as adversidades provocadas pelo corpo. Dizia em bom som que tinha o tornozelo mais bonito de Porto Alegre. Adorava fazer graça com as suas “conquistas”.

“Peguei uma ontem que não tinha o centroavante.”

“Sério, a mulher era demais. Cem quilos de puro prazer.”

“Só vi a deformação na mão dela quando agarrou o meu pau pra pagar o boquete.”

E assim seguia o Zé rindo dos “defeitos” alheios para não pensar demais nos dele: na falta de tesão que gerava nas mulheres. Só admitia nos bares com os amigos e amigas mais chegados.

“Deus não dá asa à cobra. Se fosse mais ou menos bonito, pegava todas”, garantia entre uma cerveja e outra, para depois lamuriar-se durante horas sobre a importância das mulheres em sua vida.

Não pensem que o Zé era loser total. Negativo: pegava várias meia-boca ou limpinhas –como sempre diz o nosso amigo Diego.

E assim a vida do Zé foi transcorrendo. Até ser surpreendido por uma informação. Daniela, namorada do Bruno, falava a todos da mesa, mas principalmente para o Ricardo, galã da galera (alto, forte, olhos verdes claros e um sorriso no mínimo persuasivo). O Ricardo até parece Iemanjá, tá sempre recebendo oferendas. E a Dani estava jogando o sabonetinho no mar.

“Eu tenho uma amiga, a Débora, que ficou solteira recentemente. Linda de morrer. Super corpo. Parece a Giovanna Mezzoogiorno (atriz italiana). Vocês precisam ver, vão ficar todos loucos por ela.”

Os outros o Zé não soube, mas ele se apaixonou naquela hora. Giovanna era alvo de homenagens e mais homenagens. A atriz do filme La Último Bacio é dona de uma beleza madura e olheiras. O Zé sempre me diz que adora olheiras.

“Cristian, mulheres com olheiras são tudo nessa vida. Estilo junkie, sabe?”

E o destino sorriu pra meu grande amigo Zé. Primeiro, o Ricardo arranjou uma namorada, a Kátia. Depois, O Zé conheceu a Débora (linda e gostosa como a Daniela tinha dito) num dia em que estava completamente bêbado e à vontade para falar suas loucuras deliciosas, que tanto seduzem os amigos e amigas desse filho da puta.

A Débora caiu de quatro por ele. Na primeira noite se dedicaram apenas aos beijos. Foram devagar testando a aderência, sentindo o contato. Curtindo a língua, o pescoço, mas a velocidade dos acontecimentos foi saindo de controle.

Rock n’Roll rolando pegado no Cabaret Voltaire e o Zé curtindo seu momento de astro com a melhor mina da festa. A certa altura perdeu todo o pudor de mostrar a excitação descontrolada do seu corpo.

Esfregava o pau duro na calça jeans de Débora. Hora na região da buceta, ora na bunda quando a dominava de costas. A resposta vinha em gemidos baixos e rápidos. Zé mandou o mundo à merda e dentro do Cabaret puxou o cabelo dela com violência, como se já a estivesse comendo de quatro em sua cama. Os dentes cravados no pescoço sugando cada gota da gata mais gostosa do mundo.

A loucura tomou conta, mas não foi nesse dia que Zé desfrutou do sexo da gostosa Débora.

Uma semana depois, o celular do Zé toca. Ele atende no primeiro toque e ouve A voz.

“Estou aqui na frente, pode descer.”

O Zé desceu correndo, alucinado. Atropelou no caminho a dona Dulce, uma coroa gostosa que mora no apartamento em cima do seu.

Abriu as duas portas antigas, características de prédios de quatro andares da rua Felipe Camarão, e tascou um beijo em Débora digno de E O Vento Levou. No corredor, já dentro do edifício, deu outro beijo, esse mais malicioso, digno, digamos, de Márcia Imperator e Carlos Bazuca, astros de brasileirinhas.

Fechou a porta atrás de si e seguiu Débora com passos curtos, sempre a admirar sua bunda. Zé gostava de olheiras, mas na véspera do primeiro arremate não tem como ignorar a parte favorita de 11 entre 10 brasileiros.

Daqui pra frente, o Zé me contou pouca coisa. Vamos as partes principais.

O Zé é um ser humano normal, ou seja, cheio de taras. A primeira delas, sorver a buceta com ímpeto depois de retirar a calcinha da guria. Isso é uma lição, sempre diz o Zé.

“Na primeira vez que o cara come uma guria, ele tem que tirar a calcinha dela.”

E com a Débora não foi diferente, a boca grudou nos lábios vaginais com força enquanto a mão direita conhecia o seio siliconado da “Giovanna”.

Zé não demorou muito.

“Gosto de chupar, mas acho que não sei direito, então prefiro partir pra onde me garanto que é a penetração.”

Mas antes teve tempo de manifestar outra tara sua.

“Cara, eu tinha uns dezessete anos. Namorava a Bruna. Um dia tô comendo ela de bruço quando de repente ela pega meu dedo o coloca dentro da boca e diz pensa que eu tô chupando teu pau gostoso. A partir daí, meu camarada, sempre peço pra elas fazerem isso, hahhahahaha.”


Só que dessa vez o tiro saiu pela culatra. A Débora olhou fundo no olho dele e disse, tu não prefere que eu chupe o teu pau sem pressa. Estava prestes a cair mais uma teoria do Zé.

“Mulher não sabe chupar direito. Todas roçam os dentes na cabeça do pau do cara. É a maior merda. Eu prefiro ficar me masturbando enquanto ela chupa as minhas bolas. Isso sim é muito bom.”

Mas a Débora dominava o assunto, isso que usava aparelho. O Zé foi à loucura e não conseguiu se controlar. Prestes a gozar, resolveu ser cavalheiro e avisar. Quando abriu os olhos, vários segundos depois da explosão, Débora já estava de pé a olhar direto nos seus olhos e perguntar se tinha gostado. No rosto e nos lábios nenhuma marca de esperma. Ela havia engolido tudo, para a alegria juvenil de Zé.

“Puta que pariu, Gustavo, nem quando consegui a figurinha do Marquinhos do Atlético Paranaense – que era a última do álbum do brasileirão de 1988! – fiquei tão feliz.”

Foram seis horas de sexo quase ininterruptas. No máximo pausa para uma água ou refri. Rolava um banhinho também. Se bem que, na hora em que os dois foram tomar banho juntos, nunca se ouviu tanto gemido no prédio. Culpa do vácuo dos banheiros.

Em meio à décima sexta transa, a frase com o qual até hoje o Zé começa todas as suas homenagens: Me come forte, como nunca ninguém me comeu, seu filho da puta.

“Nessa hora, galera, larguei de ser ateu e não tive dúvida, Deus existe e só quer o bem da humanidade.”

Seis da manhã os corpos se entregaram. O problema é que a Débora trabalhava dali a duas horas, no sábado de manhã. Ela acordou, tomou banho e voltou para a cama para se despedir do Zé. Na mão um copo de nescau. Trouxe pra ti. Quando ele despertou do sono e viu o copo se desesperou. Fudeu. E olha que o Zé ama nescau. A Giovanna saiu pela porta e nunca mais entrou.

“Gurizada, nunca tenham um relacionamento com uma mulher que traz nescau pro cara depois da primeira noite, por mais bonita e gostosa que ela seja. É furada!”

As lições do Zé são sempre às melhores.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aprenda a ser um treinador de verdade


Antes do texto polêmico sobre futebol de mesa, preciso contar uma história para vcs, meus caros quatro leitores. Eu já fui treinador de futsal. Tudo aconteceu muito rapidamente.

A Cláudia falou que o namorado da goleira do time dela era o cara a fazer as vezes de treinador. Só que ele não poderia ir mais aos treinos e as jogadoras resolveram testar outra pessoa na função e ela citou o meu nome.

E lá fui eu treinar as meninas do Sete Belo. Só conhecia três delas: Cláudia, Raquel e Thaís. Elas jogavam bem, mas não rodovam, nem faziam a movimentação na vertical e coisas do tipo.

Com a experiência de ter jogado dois anos em nível semi profissional no Alegrete Nicu's Bar pensei olhando a primeira meia hora: vou ensinar muitas coisas para essas garotas de como se joga o verdadeiro futsal. Durei meio treino. Fui despedido solenemente (isso que eu ia trabalhar de graça).

E sabe o motivo da minha demissão, foi porque tentei ensinar algo que elas não queriam aprender. Isso que eu não falei da importância de todas tomarem banho juntinhas e na companhia do técnico para criar uma união no grupo.

Se fosse hoje, eu me sairia muito bem. Apenas ficaria fazendo gestos do lado da quadra. Então, se algum de vcs leitores se arriscar nessa profissão, vou aproveitar esse espaço para ensinar como deve se comportar um técnico esportivo.

TREINADOR DE TÊNIS

Primeiro, tenha o cabelo desgrenhado, mesmo que seja escondido sob o boné. Fique impassível durante todo o jogo até se seu pupilo estiver jogando o quinto set da final de Roland Garros contra o Nadal. Sempre tenha a seu lado um cara de cabelo desgrenhado tb e comente lances com ele, mas sem demonstrar nenhuma emoção. Ah, procure sempre estar de pernas cruzadas e camiseta de marca esportiva.

TREINADOR DE VÔLEI

Gesticule em qualquer ponto, não importa o placar. Jogue junto com o time o tempo inteiro. Fique sempre sinalizando para algum lugar da quadra, pode ser um centímetro apenas de diferença, indicando o lugar onde a sua jogadora deve estar. Coloque a prancheta no rosto com o intuito de esconder a dica para a sacadora de onde a bola deve ir na quadra adversária. A roupa é o abrigo

TREINADOR DE BASQUETE

Pranchetinha e terno estilo NBA são imprescindíveis. Quando pedir tempo entre na quadra chamando os jogadores. Tipo, vamos lá cada segundo é vital. Veja o jogo agachado. Levante os braços com as mãos espalmadas para indicar a jogada, mesmo que não tenha ideia para que isso sirva. Depois do jogo, nunca elogie o cestinha e sim o jogador que pegou sete rebotes defensivos.

TREINADOR DE FUTSAL

Sempre coloque o dedo indicador da mão direita entre os dedos da mão esquerda que estão fazendo o sinal do V. Também pode fazer o semi círculo com o polegar e o indicador tentando demonstrar jogadas. Troque sempre todos os jogadores de uma vez só, isso denota ao público que todo time está bem treinado e sabe todas as jogadas. Procure fazer esse rodízio a cada dois minutos. Não importa se no teu time jogue o Falcão ou o Enrico.


TREINADOR DE FUTEBOL DE CAMPO

Esse é barbada. Grite palavrões o jogo inteiro. Pode gritar a rodo e sem motivo algum. Na entrevista coletiva elogie sempre os volantes, de preferência o mais criticado pela torcida. Fale jargões da moda como a bola pune e sobre a importância das linhas (que eu acho um engodo) de quatro. Ah, já ia esquecendo, nunca faça substituições previsíveis.

domingo, 14 de novembro de 2010


Essa coluna será toda dedicada ao campeonato brasileiro de futebol de mesa que aconteceu em Porto Alegre e reuniu mais de 180 botonistas em cinco categorias.



Nome na história


Marcelo Vinhas nasceu em uma terra guiada pela rivalidade. De um lado os rubros negros fervorosos torcedores do Brasil. Do outro, os áureos celúreos fãs do Pelotas. Cidade famosa por vários aspectos. Foi lá que um sujeito de sobrenome Schele, natural de Jaguarão, deu cores à camiseta da seleção brasileira.

À terra de Marcelo é conhecida no Brasil por ser um local de afeminados. O motivo de tal fama é a pujança em outros tempos. Seus filhos com os bolsos forrados atravessavam o Atlântico e iam estudar em Paris, Viena, Londres. Hoje, alguns ainda fazem essa viagem, mas parece que não são tão afeminados assim, apesar de torcerem para o Flamengo e chamar a outros homens de chefe.

Pelotas também é terra de grandes escritores e músicos. O meu favorito é o Vitor Ramil. E agora pode se orgulhar de ter o jogador mais completo de futebol de mesa do Brasil, como sempre defendeu Pedrinho.

Marcelo já ganhou tudo no cavado e migrou vagarosamente para o liso, onde os nordestinos, principalmente os baianos, orgulham-se de ser os melhores. Quem não é afeito ao futebol de mesa, deve achar que essa transição é tranquila. Não é. É complicada, bem complicada.

Marcelo já havia ficado entre os 24 melhores do país. Ótimo resultado para o futebol de mesa do RS. Só que dessa vez aproveitou o campeonato brasileiro em Porto Alegre para cruzar a fronteira do possível para o impossível.

Teve duas vezes com a faca no pescoço, nas oitavas e nas quartas, contra adversários do Espírito Santo. Gol nos minutos finais garantiram a passagem para a continuação do sonho. Na semi, o potiguar Aldemar ajoelhou-se perante a enorme técnica do jogador da Academia.

Marcelo escrevia seu nome na história do futebol de mesa: primeiro gaúcho a estar na final do campeonato brasileiro especial de liso.

A derrota para Alênio RJ na final não tirou o brilho da campanha do centauro pelotense.


Demarcando território

O campeonato brasileiro da categoria livre divide-se em dois grupos. Os gaúchos que defendem cores de associações locais e os gaúchos que jogam por outros estados do país. Brincadeirinha, galera. Porém, neste ano entre os quatro finalista encontravam-se dois expatriados, Careca por Santa Catarina, e Christian por São Paulo. A honra de erguer o troféu de campeão coube ao riograndino amigo do Erlon.

Durante os campeonatos, Christian é um sujeito calado. Não desperdiça uma gota de energia em falatórios desnecessários. O foco é total na mesa.

Quando ainda curtia o vento da “adorável” praia do Cassino, venceu vários estaduais e taças RS quase sempre envergando a camiseta da tradicional Afumerg. A ida do talentoso jogador para a terra da garoa somada ao fato da saída de outros tops fez a entidade perder força.

E o destino traçou o final perfeito para Christian. O último obstáculo na caminhada rumo ao título seria um atleta da arquirival Riograndina. O surpreendente Sandro (que não conheço pessoalmente) chegava a final com a vantagem do empate, mas aprendeu de maneira dolorosa a dificuldade de frear uma locomotiva. É impossível derrotar um titã em seu solo sagrado.

E assim ao reverter a vantagem e ficar com o caneco, Christian torna-se o primeiro jogador representante de uma entidade paulista a vencer na categoria livre regra um toque.

O velhinho é demais

Seu Lauro é católico praticante, mas nem sempre foi assim. O politeísmo dominava a vida do nosso herói até ele se deparar com Jesus Cristo em pessoa. A passagem do encontro está descrita no livro Gênesis do Novo Testamento. Brincadeira, o seu Lauro (o seu faz parte do nome, pelo menos pra mim) não é tão velho assim. Na verdade, ele nasceu doze anos depois da morte do messias.

Durante anos seu Lauro foi meu companheiro de Grêmio, apesar de ser colorado. O homem é ardiloso na mesa. As poucas vitórias que tive sobre ele foram comemoradas com litros e litros de cerveja, tamanha a dificuldade imposta. Isso que na época enxergava com apenas um olho. Depois da cirurgia corretiva, o sujeito tornou-se letal na mesa.


De repente, ele sumiu da minha vista às segundas-feiras. O motivo: uma paixão avassaladora. Sentimento que não foi despertado por uma mulher e sim pela modalidade liso do futebol de mesa, jogada as quintas no tricolor.

O departamento de futebol de mesa do Grêmio fechou e seu Lauro nos abandonou. Confesso, que a saída dele não foi bem digerida, afinal era querido por todos e tudo indicava que permaneceria ao nosso lado. Enfim, coisas da vida.

Ele foi jogar na Franzem e hoje teve a honra de vencer o primeiro brasileiro na categoria master (acima de 55 anos) no liso. Para abrilhantar mais a conquista, o título foi obtido em cima da lenda viva Paulo Schemes.


Hora de mudar


A Confederação Brasileira de Futebol de Mesa deve urgentemente mudar o sistema de uniformização. Os jogadores não devem jogar com camisetas dos seus estados e sim com o uniforme de suas entidades.

O raciocínio é simples: nós aqui jogamos o por equipes com o uniforme da entidade e o estadual especial também. Se a regra valesse aqui no estado, deveria ser jogado o estadual individual com a camiseta da sua cidade. Os cariocas, por exemplo, jogam o brasileiro com uniformes das respectivas associações. É muito mais legal. Dá um colorido todo especial a competição.

Muda já confederação!!!!!!


O próximo texto será sobre futebol de mesa tb e será bem polêmico...aguardem

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


O Tirirca errou nove das 10 palavras do ditado. Pica, ele poderia ter errado 11 e mesmo assim teria o direito de assumir a cadeira dele bem bonitinha na Câmara Federal. O cara foi a escolha de mais de um milhão de pessoas. Não importa quem votou nele, importa que votaram nele.

A eleição do Tiririca é mais legítima de que todos os militares que foram votados por colegiados ao longo da ditadura militar. É mais legítima que a de qualquer governante que em alguma época no Brasil (e não foram poucas) chegou ao poder por meio de golpes de estado. É mais legítima que um simples laço sanguíneo.

A eleição do Tiririca é uma bofetada numa Câmara Federal repleta de corruptos, assassinos e torturadores de uma nação inteira. É a resposta dos desvalidos ao caixa dois, aos acordos de gabinete, ao completo descaso com a situação de pobreza que assola ainda, infelizmente, um quinto da população brasileira.

Sou a favor das bolsas, mas a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. As pessoas que acordam a seis da manhã e trabalham o dia inteiro merecem salários dignos ou trabalhar menos. Eu fico com o trabalhar menos.


Cada vez que um ministro, um deputado, um vereador tem o salário aumentado (estes nem deveriam ter salário em cidades com menos de 100 mil habitantes), o cidadão comum se sente mais prostrado e inútil dentro de um sistema que é foda, como diria o capitão Nascimento.

A resposta vem em gritos silenciosos. Gritos de milhões. Tiririca eleito. Por favor, Tiririca, vai com roupa de palhaço todos os dias. Sei lá se terás o respeito da opinião pública, mas o meu certamente tu terá.

Mesmo sem te conhecer, tu já o meu ídolo maior.

Ah, as contas do Pan foram aprovadas pelo TCU, que só existe para atestar as falcatruagens com o símbolo da moralidade. Tomara que aconteça tudo de errado daqui para diante e a Copa vá parar no Canadá e as Olimpíadas tb. Os políticos brasileiros ainda não estão preparados para este tipo de evento. Eles parecem crianças em loja de doces, não sabem o que pegar primeiro, ou seria roubar primeiro.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Aqui na minha rua mora a dona Jacobina Maurer. Ela diz que é descendente direta de uma tal Jacobina Maurer que fez a revolta no morro Ferrabraz...não sei muito bem essa história então nem vou entrar em pormenores. Ela é aposentada e fica a bater papo com todo mundo. Eu já fui vítima dela por várias vezes.

Esses dias, ela estava na padaria bem na hora que eu fui comprar uns doces para dar de presente a duas gêmeas croatas que eu ando pegando, quando me deparei com um discurso inflamado da dona Jacobina.

Ela falava sobre um bisneto de oito anos que havia estuprado a bisavó de 112 anos e depois matado a senhora a bengaladas. Na esteira da notícia deflagrava o final os tempos, pois o ser humano, na visão dela, tinha chegado ao ápice da barbárie.

Na hora lembrei da faculdade e de uma palestra do Juremir Machado sobre a exposição da violência. E ele tinha razão. Hoje achamos que o mundo é mais violento, pois temos mais contato através de todas as mídias com qualquer atrocidade como se tivesse acontecido no nosso vizinho. Na verdade, as pessoas são muito mais civilizadas.

Na idade média, por exemplo, enquanto Kulleava tranquilamente o rei da França resolvia invadir o sul da Inglaterra. Ai ele mandava chamar os representantes de todas as regiões do país.

Sem grana, como o cara que mal tinha um exército oficial, ia prometer a corsos, gauleses e demais que valia a pena deixar os afazeres de lado só pra ir lá matar uns bretões. Apenas de uma forma: com promessas de saque total. Ou seja, neguinho chegava lá e destruía geral. Matava geral. Estuprava geral.

E esse tipo de comportamento não era exclusividade de reis europeus. Era regra em todos os continentes e durante anos e mais anos vigorou. Aqui no RS, no século 19, tivemos a revolução federalista. Massacres a torto e a direito. O pau pegou feio.

O ser humano foi ficando mais dócil não mais violento. Hoje somos muito mais civilizados. Domingo tive mais uma prova disso. Antes de entrar no estádio para o show do Paul, ficamos a mercê da sorte nas filas já que não havia nenhum tipo de informação ou organização. Mas graças a civilidade das pessoas tudo deu certo e mais de 50 mil pessoas assistiram ao show de maneira ordeira (como diria minha vó).

Ontem tomei um trago e falei tudo isso para a dona Jacobina que estranhamente ficou excitada com o assunto e me convidou para um chá na casa dela. Confesso: tracei a senhora no auge da beleza dos seus 74 anos. Mas quero deixar bem claro que foi consensual.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Voltando a brilhar


Eu tinha prometido falar dos meus camaradas da publicidade, mas contarei algumas história antes de retomar esse tema. Nunca fui digno de confiança.

Na última sexta, enquanto e meus amigos cumpríamos a nossa missão de todo o início de final de semana, beber como se não houvesse amanhã, no mezanino do Nicus, acima da gente, gritos de histeria. A motivação vinha do último debate presidenciável entre o tucano Serra e a petista Dilma.

O ex governador e ex prefeito de Porto Alegre Alceu de Deus Collares ressaltava-se no grupo. Cada resposta da Dilma era comemorada com os punhos cerrados no alto. A felicidade do político contagiava o ar. Ele voltava a ser protagonista, depois de anos na obscuridade. Fez apenas 3% dos votos para governador em 2006 como candidato do PDT.

A virada começou faz alguns meses. Collares descansava em sua residência quando um aspone trouxe a notícia.

- Boas novas, governador. Dilma foi confirmada como a candidata petista a presidência da república.

- Quem é Dilma? Questionou o bageense.

- Dilma foi secretária do senhor. Na pasta de Minas e Energia. Respondeu o puxa saco.

- Ah. Uma feinha que o Carlos Araújo comeu por anos. Aliás como ele teve coragem? Que tem ela, afinal? Questionou novamente.

- Ela era ministra do governo Lula. Chegou a ser a manda chuva da Casa Civil. E agora, o Lula a indicou a sua sucessão.

- Lula??

- Aquele sindicalista que o Brizola chamava de Sapo Barbudo.

- Hahahaha. Que saudades do humor do velho Brizola. Faz tempo que ele não me liga. A Neusa disse que ele está em um sítio descansando. No mesmo onde está meu cãozinho Janguito (nome dado em homengagem ao ex presidente do Brasil João Goulart).

- Pois é, governador, mas o que eu vim dizer para o senhor é o seguinte. Com a confirmação da Dilma o seu nome volta a tona. O PDT no Rio Grande do Sul vai apoiar o Fogaça, mas o senhor vai ficar na trincheira petista e apoiar a Dilma. Entendeu??

- Sim. O que eu devo fazer?

- Participar de todas as atividades da campanha. Discursar nos comícios e enfatizar que ela é o caminho para o país. Como a primeira experiência política foi ao lado do senhor, todos vão citar isso e é importante para ela contar com o seu apoio.

- Farei isso com o maior prazer. Ah, e se o Brizola me ligar diga que estou em campanha pela Dilma.

E foi assim que o velho Collares voltou a tona.

Na saída do Nicus,depois do debate, a empolgação do velho Caudilho era impressionante. Feliz da vida saiu do bar reto, sem pagar. Na Lima e Silva com os braços erguidos gritava palavras de ordem e pensava em voz alta:

- Quando o Brizola voltar do sítio vamos comemorar essa vitória tomando um bom vinho chileno. Aliás, vitória de quem mesmo?? Perguntou para o aspone que pagava o conta no bar.

E assim foi embora o velho Collares e seu séquito. Enquanto nós gritávamos no bar: ivo, ivo, ivo, caledário rotativo!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Amigos parte 1


Há algum tempo, que pode ser muito tempo ou pouco tempo não lembro, escrevi no blog sobre todos os botonistas do Geraldo Santana. Suas atividades fora das mesas de botão.

Hoje, falarei sobre outras pessoas, os amigos que fiz na faculdade e cultivei ao longo dos anos. Com alguns a amizade estreitou, com outros se distanciou, porém um dia quando lançar o livro sobre ás milhares de mulheres que eu transei, dedicarei a todos eles no máximo um parágrafo.

Todavia, nesse texto abrirei uma concessão e vou escrever livremente sobre esses camaradas. Preparem-se para ler dezenas de parágrafos inúteis e melosos.

O Gustavo B.Rock nasceu na terra dos jogadores de futebol: Sananduva. Ele mesmo foi um belo fixo de futsal. Dono de uma canhota poderosa e vigor físico avantajado, não se tornou profissional porque é burro pra jogar, o que disse pra ele milhares de vezes nas peladas da galera.

Virou jornalista e dos bons. Dos bons nada, dos ótimos. Durante anos foi a voz que acordou milhares de portoalegrenes fãs da Ipanema FM. Chegou a ter duas mil comunidades no Orkut dedicadas a ele. Mas como não é deslumbrado, largou essa vida de popstar para trabalhar com um lance que não sei direito o que é. Mas ganha grana, muita grana.

Casado com a namorada de adolescência, é o cara antenado da galera. Funciona como o nosso New York Times, sempre informado aos ignorantes de plantão as novidades artísticas, culturais, políticas e o caráleo a quatro do mundo. Adora discutir e salame Majestade. Coloca sons na festa de rock pesado, é praticamente um ícone na cena Heavy Metal

O Maurício Macedo é de Santana do Livramento. Dono de milhares de apelidos, é mais conhecido lá na terra das fronteiras que o Brito, o Juremir Machado e a cerveja Zillertal. Também formou-se em jornalismo.

Foi minha a honra máxima de gritar o nome dele na formatura para delírio das dezenas de mulheres que se acotovelavam na frente do palco em frenesi só comparado aos causados pelos rapazes de Liverpool. Último Bizzarro a ainda acreditar no PT, trabalha na justiça, mas já passou nas redações do JC e da rádio Web, onde deixou para trás, sem pena, viúvas e mais viúvas.

Não adianta o cara é frio com a mulherada, vcs só vão tirar emoções desse iceman quando o assunto for o Partido dos Trabalhadores e o Internacional. Seu sonho é ser o queijinho do sanduíche do Fernando Carvalho e do D´Alessandro. Adora espalhar aos quatro ventos os seus feitos de conquistador. Julga-se, inclusive, superior ao Niti nesse campo de atuação. Solteiro.

Jefferson Klein. É a obstinação em pessoa. Quando as aulas na Famecos iniciaram tratava-se do maior perna de pau que o mundo da bola já viu. Com o passar do tempo, recuou da linha para sob as traves. Ali no ponto mais solitário da quadra, transformou a mediocridade em genialidade. Seus feitos estão vivos na memória do Ginásio da PUC. Foi o maior arqueiro da história dos Ruins, sua equipe de pelada.

Jornalista, iniciou a carreira defendendo a estrela petista. Depois teve o passe comprado por centenas de milhares de dólares por diretores do Jornal do Comércio. Lá é o cara quando o assunto é energia. Reza a lenda que a futura presidente do Brasil compartilhou os lençóis com o nosso herói durante pauta no Nordeste (ela ainda era ministra do setor). Ele nunca confirmou a informação. Resume-se a sorrir diante da afirmativa.

Meu eterno companheiro de olímpico, bate no peito quando o assunto é beber. É o Michel Phelps das mesas de bar. Tranquilidade em pessoa, só sai do sério quando críticas são vociferadas contra os guitarristas meia boca Stanley Jordan e Jimi Hendrix. Casado faz tempo.

Cláudia Barbosa. A namorada dos sonhos de todo mundo. Joga bola, toca violão, bebe muito, só fala merda e ainda tem um sítio. É a pessoas menos famosa, mais famosa do mundo. Foi duas vezes capa da Zero Hora com a mesma foto (chorando abraçada em um ursinho de pelúcia depois da derrota do Grêmio para o Ájax no mundial em 95). Foi responsável direta pela primeira crise do governo Olívio Dutra. Ela dela a bandeira de Cuba mostrada no Piratini no dia da posse.

É metida a ver gente morta. Até em Barcelona disse que viu gente morta. A galera acha que é papo furado. Alucinações decorrentes do excesso de drogas na cabeça. Em Londres, quase apanhou da polícia ao ser descoberta tocando no metrô para ganhar umas libras. Tem trocentos empregos, um deles é no Jornal do Comércio onde virou a queridinha da galera.


Foi casada, mas separou-se para casar de novo. Não têm filhos, mas vive dizendo que quer ter. Tem uma característica marcante: a de dar bolo em todo mundo. Ah, quase ia esquecendo: deu um fora no Thiago Lacerda e no Chico Buarque.

Kerley Torpolar. O nome já denuncia: é filha de Abraão. Com sete anos, já tinha morado em um kibutz e viajado até a Indonésia, tudo isso sozinha. É a aventureira da galera. Mora atualmente na Pensilvânia, Estados Unidos, onde trabalha com gestão de crise. É foda essa Kerley.

Em virtude de ser do mundo, a Kerley possui amigos de todos os cantos do planeta. Até nas Ilhas Salomão é conhecida. Apesar de não ter natal, só retorna ao Brasil nessa época do ano. Dessa vez virá cheia de tristeza, pois acabou a festa no Zelig aos domingos onde era uma habitué.

Namorou durante anos, mas agora está leve e solta a curtir a vida. Jornalista, ainda vou ver ela na BBC ou na NBC nem que seja em meio a um tiroteio em Serra Leoa tentando explicar pros caras porque não devem brigar por todo aqueles milhares de diamantes.


Enrico Canali. Quando começou a faculdade era o sonho de consumo de dez em dez gurias da aula. Inteligente, culto, esportista – atleta de triatlo - , e viajado (havia morado na Europa e Estados Unidos). A cereja do bolo, para delírio delas, era meigo e amável com as mulheres. Porém o encanto acabou. A convivência com a gente estragou o menino que virou o próprio canalha com as donzelas.

Teve várias namoradas. Com uma delas, tem uma filha, a Isabela. Jornalista, resolveu fazer todos os cursos do planeta; passou na Medicina, Educação Física e Física. Cansado de estudar e trabalhar, passou em um concurso público federal e hoje vive de mandar email pra galera e viajar para o Rio de Janeiro com a desculpa de que é a serviço. Como se alguém trabalhasse naquelas bandas.

Como todos da galera, adora samba e rock e uma boa cerveja no Marinho. Apesar de não saber nada de futebol, nos últimos tempos tem nos acompanhado até o Olímpico. Seu sonho é transar com mais mulheres que o Renato Portalupi, o Niti e o Gene Simmons juntos. Jura que está quase lá.

Essas criaturas começaram a faculdade comigo e formaram-se em jornalismo. Amanhã vcs vão conhecer os viadinhos da publicidade.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sem deixar saudades


Vou listar agora em menos de cinco segundos os caras que eu mais odeio no mundo, tá valendo cadáver. Então, lá vai: Hitler, Napoleão, Ivan, o Terrível, Catarina de Médicis e Carlos Simon.

Mas como não sou de pegar antipatia a toa, como diria minha vó, vou explicar porque não gosto desses camaradas.

O Hitler é uma barbada. O cara comandou uma máquina de guerra responsável pela morte de dezenas de milhões de pessoas. Ainda por cima tinha um bigodinho ridículo, usava calça lá em cima, não tinha o ovo esquerdo e era meio brocha. Sujeitinho desprezível.

Napoleão é outro com vários motivos. Também comandou uma máquina de guerra responsável pela morte de milhares de pessoas. Usava uma roupa ridícula, tinha nanismo que nem eu, um pau miniatura, perdeu a batalha final para um cara com o "nome" de Duque de Wellington e ainda foi a desculpa para família real portuguesa desembarcar na nossa terra. Merece o inferno eterno.

Só o apelido do Ivan já dá uma ideia do que foi esse cara. O russo matou o próprio filho, torturou e depois aniquilou uma região inteira do império, foi classificado como louco e gostava de ler a biblia. Tem que apodrecer embaixo da terra.

Catarina de Médicis conseguiu incentivar um massacre religioso às vésperas do casamento da filha, teve dez filhos em doze anos e é considerada por muitos historiadores a mulher mais autoritária (é que eles não conhecem a minha ex professora de antropologia) de todos os tempos. Própria mulher de satã.

Carlos Simon sempre roubou do meu time, sempre roubou do meu time, sempre roubou do meu time e, em todas às vezes, roubou do meu time. Um verdadeiro canalha.

Mas, como não sou pessoa de guardar rancor, se oportunidade tivesse tomaria uma bebida com todos eles, pois apesar de serem sujeitos inescrupulosos seriam bons companheiros de mesa de bar.

O Hitler, por exemplo, sorvendo uma clássica ceva alemã, me contaria como chegou ao poder na Alemanha mesmo sendo austríaco. Como inventou a blitzkrieg (guerra relâmpago) entre outras coisas. Chego a até começar a gostar desse camarada.

Com o Napoleão tomaria um ótimo vinho francês. Ele falaria da reconquista do poder na França sem disparar nenhum tiro. De como incentivou as artes. Sem falar na criação de um código civil moderno e adaptado a outros lugares da Europa. Não é por ser baixinho que nem eu, mas essa Napoleão é um bom sujeito. Só muito patriótico.

O Ivan sentaria ao meu lado e tomaríamos ombro a ombro uma bela vodca russa. Contaria que na verdade todas suas crueldades foram motivadas pela bipolaridade. Era afável e doce em muitos momentos. Como casou sete vezes, poderia me ensinar truques para pegar a mulherada na Cidade Baixa. Seria o meu mentor sexual. Ganhou o meu apreço.

Catarina tomaria um champanhe ao meu lado. Mulher de gosto refinado e língua ferina, me falaria todas as fofocas da corte. Daríamos muitas risadas juntos. No final, ainda poderia me prometer apresentar sua bela filha Margot, que como diria meu avô paterno, gostava do café bem doce. Viraria quase como uma avó sem laço de sangue.

Por fim o Simon. Tomaria um chope na Lima e Silva. Ele falaria do dia que não deu dois penaltes pra Gana contra a Itália na Copa do Mundo. De como não deu a recuada do Eller para o Clemer. De nunca ter admitido um erro em toda a carreira. De como nunca escreveu uma linha e se diz jornalista. Do processo contra o Peninha que disse exatamente isso que escrevi há pouco (nota: serei o primeiro a comprar o livro do Peninha com os erros do simon). De como errou milhares de vezes nos campos de futebol e sempre alardeou siua competência e honestidade e por aí vai, ou seja, um mala sem alça total.

Sujeitinho desprezível esse Simon...ainda bem que nunca mais vai apitar grenal a não ser de veteranos em Capão da Canoa...Já vai tarde!!!!!

Quer mais um gole de champanhe, Catarina???

segunda-feira, 25 de outubro de 2010



Ontem, antes de ir para o grenal, li um artigo do Marcos Rolim na Zero Hora sobre o filme Tropa de Elite 2. Concordo em gênero, número e grau com o que ele escreve. Infelizmente, não tive o talento dele para produzir aquilo tudo para o papel antes. Só me atenho a dizer que o filme é sensacional.

O Marcos foi o meu primeiro voto para deputado estadual. Antes havia votado apenas para vereador. O escolhido: Raul Silva (PT), pai da Fernanda Melchionna, hoje vereadora do PSOL em Porto Alegre.

Aliás, o voto para a Fernanda foi o meu primeiro não dado ao PT ao longo de 16 anos. A desilução com o Partido dos Trabalhadores começou lá em 99 e foi crescendo com o passar dos anos. O Lula foi bem, mas mais por méritos da economia mundial que dele. Eu queria o Lula de 89.

Independente da vitória do Serra e da Dilma, o país vai continuar na crista da onda, mas sem reformas sociais mais contundentes. Eu acho que só falta isso para perdermos definitivamente o rótulo de terceiro mundo.

Bem no domingo vou anular com a consciência super tranquila. No Serra jamais votaria e no Temer não tem como votar.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A culpa é do Renato ou seria do Peréio


Sei lá quando essa porra começou, não lembro direito. Mas se difundiu como foto da Paris Hilton nua na internet. Ser gaúcho virou sinônimo de homossexualidade em qualquer parte do país.

E não importa se o jogo é do Grêmio, do Inter, do Juventude. Lá estão a ecoar os gritos no fundo de gaúcho viado. Sobra até pros times de Bagé, Alegrete e Livramento onde comprovadamente nunca nasceu homem que gosta de outros homens. Fora o Maurício, meu ex colega de faculdade, que sempre curtiu garotos.

Cansado desse esculacho sem sentido. Convoquei com urgência uma reunião com dezenas de doutores em sociologia e antropologia da PUC e da URFGS. A ideia central era entrevistar moradores de todos os estados da União e colher dados para decifrar a origem desse rito pejorativo.

Não obtivemos sucesso. A maioria respondia algo do tipo: vi gritando e também gritei. Na real, o coro se restringe a reprodução de comportamento. Assim como dizer que baiano é preguiçoso e paulista é mongolão.

Mas queria ir mais fundo nessa história e liguei para o cara que mais avacalha a torcida do Grêmio e do Inter nesse país, um famoso blogueiro do Flamengo.

Ele chama o Rio Grando do Sul de Uruguai do Norte. Fala mal da gente pracaraleo. Um puta desafio ligar para o cara, mas eu gosto de desafios. Por isso já comi mulher de mais de 70 anos, pesando mais de 150 quilos e sem dente na boca. Comer mulher bonita é fácil, até o Clodovil come (no caso comia, pois já bailou na curva), quero ver traçar as feiosonas.

Bem, chega de enrolar e vamos a ligação. Apresentações daqui e dali e fomos papeando na tranquila. Falei da pesquisa e ganhei várias arriadas do cara do tipo: nunca tinha visto gays pesquisando sobre viados e por aí afora. Mas com o passar da carruagem, o baluarte da torcida rubro negra foi se acalmando e começando a falar sério.

Elogiou o nosso jeito de jogar futebol e tal. Senti que ele abriu a guarda e questionei: “Mas vem cá, tche, o cara lá na arquibancada reproduzir comportamento ok, porém tu embarcar nessa, a troco de quê?”.

Silêncio. Um, dois minutos e uma das respostas mais comovidas, sinceras e angustiantes que já ouvi na vida.

A partir de agora, leitores, somente as palavras do famoso blogueiro.

Essa história aconteceu quando eu tinha de treze para quatorze anos. Por volta da meia noite, ouvi minha mãe gritar no quarto dela. Um grito lancinante e interminável.

Corri até lá com o coração na boca. Foram segundo que duraram a eternidade. Só vinha a mente a cena da minha mãe estirada no chão morta. Vítima de mal súbito.

A porta estava trancada. Comecei a esmurrar chamando o nome dela. Só em acalmei depois de ouvir aquela voz doce e macia que me marcou tanto na infância.

A mamãe está bem. Não te preocupa. Vai dormir. Inquieto, resolvi espiar e até hoje, falando contigo, vejo a cena com toda a clareza. Minha doce mãezinha vestida de freira ajoelhada no milho. Atrás dela um cara sem roupa currando a pobrezinha. Sabe quem era esse cara gaúcho? O Renato. Meu ídolo de infância ao lado do Zico. Campeão brasileiro de 87 pelo Flamengo.

A partir desse dia amaldiçoei todos vcs. E enquanto uma gota de sangue correr nesse meu corpo transtornado e cheio de ódio, estarei gritando aos céus que todos os gaúchos são viados.

Porém a minha história não termina aí. No outro canto da sala com um cigarro na boca e os olhos lotados de luxúria na direção da minha pobre mãe estava o Paulo César Peréio (nota do autor: ator gaúcho nascido no grande Alegrete).

Mas ele não fez nada só ficou observando durante vários minutos. Depois veio em direção a porta para ir embora. Foi a minha deixa para sair correndo e me esconder sob a cama.

Foi o pior dia da minha vida. O Peréio, o Renato e minha mãe. Odeio vcs gaúchos.

E desligou o telefone.

Entendi finalmente agora porque os gaúchos têm fama de viado. É porque o Peréio não comeu a mãe do famoso blogueiro e ele achou coisa de viado não traçar uma mulher gostosa vestida de freira e ajoelhada no milho. Sacaram????

Pensamento do dia:

Homem não tem que ter pau grande, tem que ter cara de que tem o pau grande!

Paulo César Peréio

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Você escolhe o final


Quem viveu o início dos anos 90, lembra bem do programa global Você Decide. O lance era uma história, geralmente de cunho dramático, com dois prováveis desfechos e a galera por telefone decidia o final da trama.

Lembro de um episódio em particular. A Cláudia Raia protagonizava a história no papel de uma dona de casa recatada, mas mega gostosa. Convidada para posar nua, ela só aceitaria se o marido concordasse.

O machismo brasileiro foi relegado a um segundo plano e a votação decidiu: tira a roupa Cláudia Raia. No máximo rolou uma coxa, mas nos tempos de apenas TV aberta, uma coxa servia para ilustrar dezenas de punhetas, ainda mais da Cláudia Raia.

E serão vcs a decidir a primeira semana completa de "liberdade" dos mineiros chilenos presos no buraco. Os neguinho ficaram lá mais de 2 meses. Vamos partir do princípio que o respeito imperou lá dentro, ou seja, a galera não transformou a parada num Carandiru. Até acho que não mesmo. Se não, a primeira frase ouvida quando da descida do paramédico seria carne fresca no pedaço.

São duas opções. Óbvias. Afinal teve neguinho saíndo do buraco beijando amante, esposa e outros com bandeiras do Colo Colo, do Universidad do Chile.

A primeira: o mineiro chileno sai do buraco literalmente e parte para uma semana de transa interrupta com aquela que há dois meses atrás era apenas a gorda xarope da esposa. Que só rolava sexo de mês em mês e ainda com a cabeça pensando na vizinha loira novinha.

Ou, vc optaria em ficar uma semana na internet sabendo todos os resultados da primeira, segunda, terceira divisão do Chile a Austrália. Sem falar nas notícias do basquete, tênis (eles vão ficar tristes com a lesão do Fernando Gonzalez), rugby e por aí vai.

O que vc faria. Você decide. Você escolhe o final.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sons


A alegria na infância interiorana dos anos 80 é disparada por vários sons, mas nenhum comparado ao zumbido do apito do picolezeiro. A galera entrava em alfa. Se estava sentada, levantava correndo em direção ao pai, mão, vó, gritando e implorando ao mesmo tempo por alguns cruzeiros, cruzados novos, ou qualquer moeda em vigor nos tempos da inflação e dos planos econômicos milagrosos.

Os carrinhos eram brancos e os picolés na maioria artesanais. Meus favoritos eram chocolate, creme e coco.

Na adolescência o som favorito é um simples cumprimento. Mas ele tem que vir na voz de uma mulher e precedendo o teu nome. Uma espécie de OI, CRISTIAN. Que loucura.

Em Tramandaí, na casa da Kully, a galera se divertia jogando taco quando a Lívia, ex colega de aula da minha irmã, parou no outro lado da rua e disparou um OI, Cristian daqueles.

Apesar de já não ser um adolescente, estava com 21, o singelo cumprimento teve formas de erotismo e ganhei pontos com a galera. Nós até ficamos depois, mas não teve um quinto da importância do OI, CRISTIAN.

Na vida adulta seguem frases femininas os da minha preferência. Principalmente duas: eu te amo e nunca gozei assim na vida (esse último é mentira deslavada, porém ótimo de escutar).

Mas um som independe de dia, hora, local, idade e o caráleo a quatro, é o estufar da bola do time que tu torce na rede adversária. Catarse total. Loucura geral.

Faltam nove jogos para acabar o brasileirão e enquanto a vida existe esperança. Vamos Grêmio e se não der que dê o Fluminenses pois assim eu ganho 50 reais do pato do Jefferson oriundo de uma aposta no início do campeonato

sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Li e discordei. O crítico escrevia assim no já distante 1998: o diretor fulano de tal têm várias obras como o bom Conta Comigo e o ótimo Harry e Sally Feitos Um para o Outro.

Como assim: Conta Comigo é uma primazia. A história de quatro meninos (o falecido River Phoenix era um deles) atrás de um cadáver para ganharem fama na pequena cidade onde moram. Dividem angústias e duelam contra os adolescentes liderados por Kiefer Sutherland.

No final a frase: fulano e beltrano viraram mais um rosto na escola. Na vida é assim mesmo, meu velho, histórias deliciosas com companheiros esquecidos no tempo. O ataque das sanguessugas e a história do Bola de Sebo também ficam no imaginário pra sempre. E Harry e Sally só tinha a cena da gozada da Meg Ryan como genial.

Assim como no futebol, o tempo passa na vida. Meados dos anos 2000. Sensibilidade a flor da pele motivada por uma ruptura amorosa. Na verdade um acordo: ela entrou com o pé e eu com a bunda. Nesse ínterim, revi Harry e Sally e afirmo: o crítico tinha razão. Ele é ótimo.

O momento da minha vida ia de encontro a temática do filme. Cada diálogo bate fundo e confude-se com elementos da realidade. A percepção tinha mudado.

Domingo passei por isso novamente. Amo ir ao cinema sozinho. É terapêutico, principalmente quando se está namorando ou solteiro há muito tempo. Entrtanto no dia da eleição pipoquei e feio.

Faz dois meses sai do melhor relacionamento da minha vida. Sem dor, sem saudade, sem crise. Porém não ao ponto de conseguir ver Comer, Rezar e Amar, filme tipicamente "mulherzinha", sozinho. Apelei para amigas e consegui companhia aos 45 do segundo tempo.

Mas na terça a macheza voltou. Fui ver sozinho o filme Vincerre. Como era pesado e europeu a aflição passou longe.

O fundamental no dia, vira supérfluo no outro. E por isso tudo eu penso: quantas horas da minha vida eu desperdicei ouvindo Engenheiros do Havaí e Legião Urbana. Ainda bem que tinha o Câmisa de Vênus e o Ultraje a Rigor pra contrabalancear.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A vingança é um prato que se come...quente


Nesta segunda-feira após áspera discussão com o Bodão, quase chegamos as vias de fato, fomos convocados a prestar esclarecimentos a todos os demais sócios do Porto Alegre Futebol de Mesa. Deixamos claro, bem claro, que não teríamos mais condições de jogarmos no mesmo local.

O Gothe então decidiu fazer uma votação para definir qual dos dois seguiria frequentando o departamento. Por unanimidade escolheram o Bodão. Nelson Rodrgues já proclamava: a unanimidade é burra!

Na verdade, o Leon optou pela minha permanência, mas o voto dele foi anulado porque o simples levantar de quadril, na opinião dos outros sócios, não poderia ser considerado. É que o rapaz tava abaixado e engasgado brincando com o meu guri. E como o meu guri é imenso, as mão dele seguravam para dar equilíbrio ao seu frágil e delicado corpinho enquanto aquela santa boquinha trabalhava.

Mas eles se fuderam, além de sair de lá cantando Trocando em Miúdos, irei revelar nesse espaço, viva a democracia da internet, o plano macabro do Porto Alegre para conquistar todos os torneios em nível estadual da modalidade livre. A vingança senhores não é um prato que se come frio, se come quente, bem quente.


JUVENIL

Teríamos dois representantes. O Lucas, filho do Fábio, e o Leon. O lucas ok. É menor de dezoito anos, mas ainda inexperiente pois começou a jogar nesse ano. Já o Leon teria os documentos adulterados por um amigo do Di Leone e do Saul. O menino pelotense viria de Buenos Aires apenas para jogar o campeonato.

O cabelo loiro e uma leve barriguinha de chopp seriam os disfarces usados. O Bopp será o responsável pela transformação. Ele prometeu pintar até os pelos pubianos do Leon de clarinho para não haver suspeita da fraude. O Leon usaria o nome Richarlyson.


VETERANO

No veterano, são vários trunfos. Cada um obedecendo estratégia diferente. O Gothe daria discursos em meio aos jogos sobre reformas e objetivos da secretaria. Cá pra nós, como pouca gente gosta de política, ele mataria os adversários de tédio.

O eterno galã Paulo Fernando levaria fotos suas mais novo e na praia. Como vcs bem sabem têm vários botonistas que não são famosos pela masculinidade. Ao ver as fotos daquele pão na frente, ficariam desacorsoados e perderiam facilmente seus jogos.

O Fosca tomaria um vinho e contaria da importância de criar Calopsitas para a estabilidade do Planeta Terra. Tb contaria cada lance dos seus amistosos com o Pirênio. Mais adversários morrendo de tédio.

Mas a estratégia mais dantesca seria a do Pirênio. Ele anteciparia os jogos contra os mais fracos e marcaria as outras partidas para as três da manhã de quarta-feira, ou meio-dia de segunda. Azar de quem não fosse: wo neles.

EQUIPES

A equipe será formada por Di Leone, Moreira, Cristiano e Saul.

A estratégia é simples. Di Leone contará as suas histórias de surfista em Papeline, no Hawai. Os adversários vão morrer rindo.

Moreira não precisa de nada, só ele é suficiente para ganhar de qualquer um.

Cristiano vai lembrar o massagista da Argentina em 94. Levará água e refri "batizado". Para provar suas boas intenções sempre vai beber um gole antes, mas como ele é acostumado a jogar embalado não terá problema algum, já para o adversário...

Saul vai levar o Alemão da Geral e todos os seus amigos para a volta da mesa. Ninguém se atreverá a vencê-lo. Se isso não bastar, ficará questionando algo irrelevante para distrair os adversários.

Estadual

A estratágia é bem simples, dar uma vaga para o Moreira.

Taça RS

Idem ao Estadual.

Bem senhores, garças a deus eu rompi com esses mentecaptos e pude alertá-los do perigo que as demais associações corriam. Espero que as devidas sanções sejam encaminhadas a esses sujeitinhos.

OBS: Como eu os ameaçei com esse post, resolveram me deixar voltar para o Porto Alegre, mas com a punição de ser a mucama do Pirênio por meia horinha. ÓOOOOObvio que eu disse nãooooooooo, só voltaria se eu fosse a mucama do Pirênio pro resto da vida...e do Rafael Lima e do Maurício Cadore tb!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hora de romper


Quando a Hortência em 96 e a Paula em 98 se aposentaram todo mundo sabia, até o Poliesti, que o nível da seleção brasileira iria cair. No primeiro momento, a Janete, a Alessandra e a Helen seguraram a barra ao lado de jogadoras úteis como a Cinthia e a Claudinha.

Em 2000, fazíamos uma olímpiadas regular com duas vitórias e três derrotas. Porém nas quartas de final o Brasil ressurgiu com força e venceu por um ponto a super favorita Russia. Na sequencia faturamos o bronze. O time figurou entre os quatro primeiros no mundial de 2006 e nos jogos olímpicos de 2004 (quarto lugar em ambos).

Daí a Janete largou, depois da derrota vexatória para o time universitário americano no Pan do Rio de Janeiro em 2007. A bronca era grande e está ficando enorme. O Bassul agarrou esse time com a pseudo estrela Iziane e levou até Pequim derrotando a Espanha lá dentro no pré-olímpico e depois batendo as cubanas no jogo decisivo.

A ala e pseudo estrela Iziane deu fiasco e foi deletada do time. Perfeito! Lá fomos nós para a terra dos bilhões de pessoas sem a vedete.

Os analistas de resultado gritariam do alto dos seu afetamento: mas ficamos em penúltimo lugar nos jogos olímpicos. Tudo bem cabeça, porém fizemos jogos parelhos em quase todas as partidas e perdemos sempre no detalhe.

Entretanto, o Bassul bailou na curva e veio esse espanhol que pratica um rodízio no mínimo estranho. Trouxe a Helen (97 anos) e a Alessandra (93) de volta ao time. As duas não precisavam passar por isso no estágio da vida onde se encontram.

Deixaram os netos em casa para passar vergonha na República Tcheca. E ainda, como não são beldades, dificilmente serão convidadas para as famosas surubas de Praga onde o Saul tanto já se deliciou nessa vida.

Iziane, de volta, não jogou nada até agora e não vai jogar porque ela se acha boa demais para defender a seleção brasileira.

Meu velho, é hora da ruptura. É hora de lamber as feridas e montar um time visando 2016. Esqueçam Londres, pensem no Rio de Janeiro, ainda dá tempo.

domingo, 26 de setembro de 2010

E o mundo segue


A vida segue seu curso normal.

O basquete feminino do Brasil perde.

O vôlei masculino ganha.

O Cristiano Carneiro é o líder do Troféu Porto Alegre.

O Grêmio não corre risco de rebaixamento.

O Feijão vence o chalenger de Bogotá.

Transei com uma ninfomaníaca na sexta.

Não peguei ninguém no sábado. Fui pela primeira vez no tal de Chips. Fora o som que até é mais ou menos, rola umas discos bem bacana, mas o lugar é pra fuder o cú do palhaço de tão brega. Entretanto como sou o paradoxo em pessoa ainda irei mais vezes lá.

Acabei a noite bebendo sozinho no balcão do Marinho sem dirigir a palavra a ninguém e ouvindo uma hippie tardia que não tocava nem cantava porra nenhuma.

Vi de novo Bastardos Inglórios no 61.

E li todos os blogs de futebol de mesa.

Joguei bola no sábado à tarde. E embuxei no fim o que garantiu o empate da outra equipe.

A única novidade é que no sábado de manhã, depois de uma noite onde meu pau ficou escalavrado de tantos sexo, fui acordado pelo telefonema do presidente Marcelo Vinhas.

O cara tava preocupado com um botonista que talvez não jogue o brasileiro. Achei a atitude do Marcelo elogiável pois tb sou assim de querer agradar o mundo. Não estou sendo irônico, mas sim verdadeiro. Parabéns Marcelo por ser um cara legal e preocupado com as questões do futebol de mesa do RS.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sem armação não dá, não dá mesmo


Conheço torcedor de futebol que venderia mãe, mulher, amante, filha e o caraleo a quatro por um bom meia de articulação. E olha, meu camarada, que o esporte bretão tem onze figuras dentro de campo e a posse de bola é eterna.

Imagina agora a importãncia do armador no basquete. O cara tem 24 segundos (número favorito do Rafael Lima) para organizar a jogada e converter a cesta. Pois esse jogador qualificado, jogadora no caso, passa longe, mas bem longe da seleção brasileira de basquete feminino.

Helen (com quase noventa anos) e Adrianinha são lamentáveis. A palavra é essa mesma. Só consegui assistir o segundo tempo da partida de estreia contra a Coreia do Sul e vos digo, não sei se perderei meu tempo vendo o time em quadra novamente.

O Brasil teve uma única jogadora Erika (melhor pontuadora, maior reboteira, maior número de assistência, só falta beijar bem e ter um boquete do nível do Pirênio, se bem que isso é impossível). A Palmira, jogadora desconhecida pra mim, atuou muito bem também.

Mas aí entra a mão do tal Colinas (treinador espanhol). No Brasil não dá certo essa cultura de revezar toda a hora o time. E ele deixou dupla Adrianinha e Helen no final do jogo e deixou a Palmira e a Iziane no banco. Bem feito, as duas foranm decisivas para a derrota.

Faltando dois minutos o Brasil liderava por três e organizou um contra ataque perfeito, quer dizer quase, pois a Helen deixou uma bola escapar que o Fosqueira com uma taça de vinho na mão pegaria. Depois arriscou duas cestas de três ridículas e apertou a Érika em uma jogada onde a pivô foi obrigada a arremesar marcada por três coreanas pois o cronômetro estava estourando.

Mesmo assim, o Brasil vencia faltando trinta segundos e com a bola na mão. Aí apareceu todo o talendo da Adrianinha. Ela botou a bola embaixo do braço até se apertar e ter que dar uma passe arriscado faltado três segundos com a posse da criança.

Resultado, meu camarada, roubo de bola e bandeja das coreanas. O Brasil tinha seis segundos. A seleção asiética fez a falta permitida e faltavam agora dois segundos.

Aí a Helen que não é boba nem nada pensou: piça que eu vou deixar a honra de ser a maior embuxadora do jogo pra Adrianinha, vou fazer a minha cagadinha final e fez. Ela conseguiu errar o passe no fundo bola (no ataque) pra Érica e o Brasil nem arremesar conseguiu.

E dizer que um dia eu pensei que a Helen ia ser do nível da Paula. Tudo bem já pensei que o Cláudio Pitbull fosse o novo Edmundo e que o Leon ia ganhar o Estadual e a Taça RS antes de completar cinquenta anos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Em busca do tri e do bi


Nessa semana começam dois campeonatos mundiais: basquete feminino (23) e vôlei masculino (25).O Brasil está nas duas trincheiras.

Em 94, assisti completamente bêbado o Brasil superar o China e conquistar o mundial de basquete feminino. Que time. Hortência e Paula eram geniais, pena que tiveram parceria só no final da carreira. Janete, Marta e Alessandra completavam o timaço que dois anos depois seria medalha de prata nos jogos olímpicos.

Por mais absurdo que possa parecer, Alessandra ainda é uma das pivôs da seleção. Time capenga e sem chance alguma de título. Mas como bom sofredor, vou torcer para a individualista e muitas vezes inúltil Iziane resolver os jogos e o Brasil supreender no campeonato.

Estamos em um grupo onde podemos vencer os três jogos. Espanha e Coréia serão adversários complicados e socaremos a Tunísia sem dó. O campeonato acontece na República Tcheca. Título impossível, mas sonhar não custa nada já diria o Pirênio antes de jogar contra o Alex Degani.

O tri pode vir com os comandados de Bernadinho. E seria tri mesmo, pois o Brasil é o atual bicampeão (2002 e 2006). Um time renovado, mas muito bom. Os adversários são muitos. Itália (não é a mesma de antes, porém joga em casa), Sérvia, Polônia, Estados Unidos, Cuba e Bulgária.

Mas no vôlei masculino Brasil é Brasil e confio no título, apesar das dificuldades e do regulamento feito por algum dirigente pernambucano certamente.

São 24 times divididos em seis grupos de 4. classifica três. Depois são seis triangulares e saem dois. Os doze serão espalhados em quatro grupos de três novamente. O vencedor vai para a semi final, ufa. Daí teremos em confrontos eliminatórios o campeão do mundo.