quinta-feira, 23 de maio de 2013

Incendiando o vestiário

Que Centro Sul brasileiro que nada, que torneio de liso de Caxias contra Porto Alegre, que momentos decisivos de torneios internos: o futebol de mesa da regra brasileira do Rio Grande do Sul só respira Estadual de Equipes. Falta um mísero mês para a Riograndina entrar para a história e conquistar o seu terceiro título consecutivo nos cavados.

Para piorar, a situação das outras associações: os caras jogam em casa, com apoio da gigantesca e fanática torcida. Se fora eles brincaram (ganharam invicto em 2011 no Círculo Militar e só perderam um jogo ano passado em Canguçu) o que vão aprontar atuando nos seu nada misericordioso domínio.

Reza a lenda que o Silvio já mandou a logo do troféu para o Maciel. A imagem mostra os botonistas da ARFM fumando charutos cubanos no corredor de um hospital enquanto olham pra dentro de um berçário cheio de caminhas com nome das outras entidades gaúchas.

Essa imagem foi por email e, segundo dizem, foi interceptada por agentes secretos de Viamão. A logo causou revolta nas outras entidades que juraram vingança e querem mostrar na mesa que não são filhos dos riograndinos.

A fidalguia pelotense foi a primeira a reagir. Os botonistas da delicada cidade prometeram treinar muito. Alguns destemperados chegaram ao extremo da insanidade ao afirmarem que não vão na sauna com seus “amigos” para ficar disparando petardos contra goleiros imóveis durante o mês de junho.

Apesar de pagar apenas 17 por 1 na casa de apostas de Camaquã, a Academia é a associação com mais chance de tirar o título das mãos dos atletas da entidade localizada na Noiva do Mar. Atual vice-campeã, pode viajar para Rio Grande sem sua maior estrela: Marcelo Vinhas. O técnico Coxa Branca já deu declarações a imprensa que não jogaria mais cavado. Mesmo assim contam com um grupo estelar. Acostumados a ganhar, foram os últimos que tiveram a petulância de desbancar a anfitriã deste ano, ao vencer o torneio em 2010.

Pedrinho, com sua inteligência de dar inveja ao Einstein, prometeu uma estratégia perfeita para vencer o embate. E calar os mais de 50 mil presentes no local da competição. Ele já apelidou o triunfo de “O Riograndinazo”.

Pedrinho, sempre provocador, trará de sua turnê 11 mil pela Europa um souvenir para distribuir a atletas da Riograndina. O regalo vem sendo mantido em segredo maçônico. Nem os agentes de Viamão, comandados por Fábio Di Leone, descobriram o conteúdo da caixa.
Entretanto, informantes ligados a Associação de São Lourenço viram o astuto professor passar em lojas holandesas e depois tomar o rumo de um país na região central da África. A ideia, segundo esses investigadores, é usar o fanatismo por futebol dos jogadores da ARFM como uma arma para desestabilizar o imbatível escrete riograndino.

Perto da sede da Academia, fica o local de jogos dos craques da APFM, ou Pelotense como o Aldyr prefere. Sua escalação é uma incógnita, pois os treinos têm sido com portões fechados – a última vez que o blog foi atualizado o Fosca jogava na categoria Junior. A certeza é que o Cepel será o comandante do time. Em 2012, a APFM ficou a centímetros de vencer a Riograndina na semi. Desta vez nossos heróis que vestem laranja (o bom gosto dos pelotenses me impressiona) prometem não vacilar na hora H.

Gênio das palavras, Aldyr terá a função de montar as estratégias. “O furo do time é o Alex”, teria disparado numa entrevista polêmica para o jornal Diário de Pelotas. Outra motivação do esquadrão (péssimas línguas apelidaram os times de Pelotas de Esquadrão Purpurina – sacanagem) é vingar a derrota do Brasil para o Leão da Linha do Parque na decisão do primeiro turno da Divisão de Acesso.

“Apesar de votarmos nos candidatos do PP pra prefeito, somos filhos de uma cidade aristocrática, secular e berço da intelectualidade iluminista e positivista do Rio Grande. Chegou a hora de pegar o rebenque e expulsar esta portuguesada do nosso amado território brasileiro”, declarou Aldyr na mesma entrevista.

A APFM amarga um incômodo jejum: não vence este torneio desde 2004, porém já tiveram a honra de erguer o troféu em quatro oportunidades.

Na próxima coluna falaremos sobre as outras duas entidades de Pelotas e o inimigo que mora ao lado: a Afumerg

Um comentário:

  1. Está tudo nas entrelinhas. Só os mais favorecidos em termos de quociente de inteligência conseguirão decifrar (entre o branco e o vácuo das invisíveis linhas de nosso blog) a estratégia montada - e há muito posta em prática - para que nosso "purpurina esquadrão" (vá lá!) volte a conquistar o "Equipes" que se aproxima. Pelo visto, nem o Bávaro Cavador nem o Pequeno Príncipe da Cidade Baixa conseguiram desatar o enigma. Enquanto isso, tenho certeza, Caju ri à toa. Só ele e, quem sabe, Sherlock Homes têm condições para isso. Elementar...

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